Freguesia
Roteiro Turístico
Natureza
Ria Formosa
O grande destaque do concelho é a Ria Formosa que constitui um sapal que se estende pelos concelhos de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António, abrangendo uma área de cerca de 18 400 hectares ao longo de 60 quilómetros desde o Ancão até à praia da Manta Rota.
A Ria Formosa, é limitada a Sul por um conjunto de ilhas-barreira de cordão arenoso litoral, conhecidas por, península do Ancão (Praia de Faro), ilhas da Barreta, Culatra, Armona, Tavira, Cabanas e península de Cacela. Estas estão dispostas paralelamente à costa, protegendo uma laguna que forma um labirinto de sapais, canais, zona de vasa e ilhotes, que a separa do Oceano Atlântico. As suas dunas, ilhas e barras para o alto mar estão em movimento contínuo conforme as marés. Muitos locais arqueológicos apresentam vestígios de povoações romanas e pré-romanas.
Ao longo de 57 quilómetros de comprimento, este sistema lagunar, o mais extenso da costa portuguesa, tem a sua importância ecológica reconhecida internacionalmente, pelas características naturais únicas que apresenta e pela sua localização geográfica, que fazem desta zona húmida um dos principais biótopos de suporte da avifauna, pelo que tem vindo a ser alvo de protecção legal. Encontra-se assim, abrangida pelas disposições da Convenção de Ramsar e de Berna, integra a Rede Natura 2000, quer como Zona de Protecção Especial estabelecidas ao abrigo da Directiva Aves, quer como Zona Especial de Conservação e inscrita na lista nacional de sítios ao abrigo da Directiva Habitats.
Possui uma profundidade média de dois metros e uma disposição irregular dos fundos. Cerca de 14% da superfície lagunar encontra-se permanentemente submersa, e cerca de 80% dos fundos emergem em maré baixa e em regime de marés vivas. Os cursos de água que desaguam no sistema da Ria Formosa (Rio Seco, Gilão, Ribeiras de Almargem, Lacem, Cacela, e outros) são sazonais e de pouco caudal, dada a fraca pluviosidade local. Assim, a ria é alimentada quase exclusivamente por água oceânica.
A cobertura vegetal no interior da Ria Formosa difunde-se em dois ambientes distintos e contíguos: sapais e dunas. Os sapais originam-se em zonas costeiras de águas calmas. O reduzido fluxo das marés facilita a deposição dos detritos e sedimentos em suspensão e assim vão surgindo bancos de vasa onde, a certa altura, há substrato para a vegetação. A colonização tem como pioneira uma Gramínea do género Spartina (na Ria Formosa, S. marítima), que suporta longos períodos de submersão e, por isso mesmo, se instala nas zonas de mais baixa cota, onde forma vastos “prados” de cor verde escura e que constituem o baixo sapal. Onde o substrato é menos resistente à acção erosiva das águas formam-se os típicos canais e regueiras que sulcam o sapal num emaranhado dendrítico.
As condições de formação e a dinâmica das dunas revelam que estas são estruturas em constante mudança. A proximidade do mar actua como factor fortemente selectivo na instalação e crescimento da sua vegetação. Não é por acaso que, no lado virado ao mar, são escassas as composições florísticas e no interior da duna, criam-se condições mais favoráveis para uma fixação mais diversificada, abrigando inúmeras espécies nas encostas voltadas para o interior e nas dunas mais recuadas face ao mar, salientando-se a presença de plantas endémicas, que existem exclusivamente em Portugal.
A Ria Formosa abrange a área de jurisdição de cinco concelhos do sotavento algarvio: Faro, Loulé, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António. Todos os concelhos têm usufruído do recurso natural da Ria Formosa como elemento estruturante da paisagem. As actividades ancestrais ligadas à pesca, marisqueio, salicultura e moluscicultura que contribuíram para o enriquecimento do território valorizando-o cultural, social económica e paisagisticamente.
Trata-se de uma área protegida pelo estatuto de Parque Natural, atribuído pelo Decreto-lei n.º 373/87 de 9 de Dezembro de 1987. O Parque Natural da Ria Formosa enquadra-se numa região de clima mediterrânico, de características semi-áridas, com uma estação seca prolongada, durante os meses de Verão, e com um Inverno ameno devido à influência do fluxo atlântico do oeste, e pelo facto de se encontrar longe das regiões de origem das massas de ar polar continental, onde as temperaturas são amenas e a insolação elevada.
Em 2010, a Ria Formosa foi eleita uma das sete maravilhas naturais de Portugal na categoria de zonas marinhas, categoria a que também concorriam o Arquipélago das Berlengas e a Ponta de Sagres.
Faro possui uma relação privilegiada com a Ria Formosa pois é ponto de partida para a prática de actividades náuticas marítimo turísticas. Actividades de Turismo de Natureza, como é o caso do Birdwatching, contam com milhões de aficionados na Europa e encontram na Ria Formosa, sobretudo, no canal de Faro – o principal e mais profundo – uma quantidade de espécies que vai aumentando com a aproximação dos sapais. Corvos marinhos de faces brancas, patos mergulhões, chilretas, pernilongas, limícolas, cotovias de crista são algumas das espécies que, partindo de Faro de barco, podem ser observadas nos canais da Ria Formosa.
Ilha da Culatra | Ilha do Farol de Santa Maria
A Ilha da Culatra é composta por três núcleos populacionais: Culatra, os Hangares e o Farol. O acesso a esta ilha barreira é feito através de Olhão e Faro através de carreiras regulares de barco num percurso de aproximadamente trinta minutos. A Culatra é banhada pelas águas da Ria Formosa e a Sul pelo Oceano Atlântico, possuindo praia marítima e fluvial.
No núcleo do Farol encontra-se o Farol do Cabo de Santa Maria, cuja construção remonta a 1851. Implantado a 2500 metros a ENE do Cabo de Santa Maria, o Farol mais a Sul de Portugal tem 47 m de altura e tem um alcance luminoso de 25 milhas náuticas. No Verão à comunidade piscatória residente na Ilha da Culatra, juntam-se os veraneantes que procuram as suas praias de areias finas, águas límpidas e de temperatura agradável.
A Ilha da Culatra é um refúgio natural de embarcações de pesca, às quais no Verão somam-se centenas de veleiros e iates portugueses e estrangeiros que ancoram nas suas águas calmas, em busca da sua gastronomia à base de peixe fresco e marisco. Um outro atractivo para estes velejadores é a pesca desportiva de espécies como o sargo, garoupa, muges, peixe-espada e tunídeos.
Ilha Deserta
A Ilha Deserta, numa extensão de dez quilómetros de praia, é uma das mais bem conservadas e menos frequentadas da região. O Borrelho de Coleira Interrompida é o único residente deste pequeno paraíso de águas quentes e cristalinas, o ponto mais a sul do continente. A pequena ave é o visitante mais regular do vasto areal, praticamente virgem.[10]
No Verão O acesso faz-se por mar, a partir do Cais da Porta Nova, em Faro, a bordo de um velho cacilheiro. A travessia é muito agradável, podendo observar-se os labirintos de areia e vasa da Ria Formosa, canais e bancos de sapal. Pelo caminho há que prestar também atenção às diversas aves que por aqui se alimentam, como os flamingos.
Visitar:
• Sé Catedral de Faro ou Igreja de Santa Maria
• Paço Episcopal
• Seminário Episcopal
• Convento de Nossa Senhora da Assumpção ou Museu Municipal
• Convento de São Francisco
• Igreja da Misericórdia
• Igreja da Ordem Terceira de São Francisco ou Igreja de São Francisco
• Ermida de São Luís
• Ermida da Nossa Senhora da Esperança
• Ermida do Pé da Cruz ou Ermida de Nossa Senhora do Pé da Cruz e zona envolvente
• Ermida de Santo António do Alto
• Ermida de Nossa Senhora do Ó (Faro) ou Ermida de Nossa Senhora d´ Entre Ambalas Águas
• Fortaleza de Faro ou Muralhas de Faro
• “Castelo” ou Fábrica da Cerveja
• Arco da Vila
• Arco do Repouso
• Arco da Porta Nova (Faro)
• Celeiro de São Francisco
• Casa das Açafatas
• Governo Civil
• Paços do Concelho
• Palacete Belmarço ou Palácio Belmarço
• Palacete Doglioni ou Palacete Cúmano
• Casa de José Maria Assis
• Palácio Fialho (Colégio do Alto)
• Palacete Ferreira de Almeida (na Praça Ferreira de Almeida)
• Palacete Guerreirinho
• Banco de Portugal (Delegação de Faro)
• Cemitério da Colónia Judaica de Faro
• Teatro Lethes ou Colégio de Santiago Maior
• Casa Lamprier ou Casa dos Lamprier
• Igreja Matriz de São Pedro ou Igreja de São Pedro
• Igreja do Carmo (Faro)
• Ermida de São Sebastião (Faro)
• Ermida da Madalena
• Casa do Compromisso Maritimo
• Casa da janela seiscentista
• Casa de João Carvalho Ferreira
• Casa dos Lamprier
• Casa das Figuras
• Horta do Ourives
• Palácio Bívar
• Casa de Saúde (Faro)
• Doca de Faro